Em média, ao longo da vida reprodutiva, a mulher tem aproximadamente 400 ciclos. Um número superlativo, principalmente para aquelas que sofrem de TPM todos os meses antes da menstruação.
A tensão pré-menstrual (conhecida pela sigla TPM) é uma síndrome que atinge as mulheres e que ocorre, em maior ou menor grau, nos dias que antecedem a menstruação. Os sintomas variam em tipo e intensidade de pessoa para pessoa. De maneira geral, as mulheres com TPM apresentam alterações físicas, psíquicas e comportamentais, devido às mudanças nos níveis hormonais de estrogênio e de progesterona. Apresentam sensibilidade excessiva e mostram-se irritadas, nervosas e ansiosas de forma exacerbada. O choro é fácil e sem motivo aparente.
Outros sintomas são: desânimo, fadiga ou cansaço, dor nas mamas, distensão abdominal, cefaleia e enxaqueca, falta ou aumento de apetite, insónia ou falta de sono, confusão ou esquecimento, obstipação intestinal ou não e diminuição ou aumento da libido. Nos casos mais graves, as mulheres são incapazes de realizar a rotina diária.
Causas
Entre os fatores relacionados com a causa da TPM, cinco são fundamentais:
1. Hereditariedade. Filhas de mulheres com TPM ou depressão têm maior probabilidade de apresentar os sintomas.
2. Quando há queda dos níveis de serotonina (substância libertada nas terminações das células nervosas), a pessoa torna-se mais deprimida, irritada, agressiva e com vontade de comer doces. Na mulher, essa queda começa a ocorrer por volta do décimo quinto dia do ciclo menstrual, e vai aumentando progressivamente até atingir o seu ápice 24 horas antes do início da menstruação.
3. Alterações hormonais: a produção de progesterona não só provoca muitos sintomas físicos, como diminui os níveis de serotonina, acentuando a depressão e a irritabilidade. A queda dos níveis de estrogênio provoca a tão temida dor de cabeça. Verifica-se o aumento na produção de prostaglandinas (substâncias que, quando produzidas em grande quantidade, podem provocar dor e inchaço) durante o período pré-menstrual.
4. Fatores externos como o stresse, medicamentos, ou determinadas infeções provocadas por vírus ou bactérias, interferem nos sistemas nervoso, imunológico e endócrino e desencadeiam os sintomas da TPM.
Mas não se desespere, há maneiras de controlar e/ou amenizar a TPM, veja as dicas abaixo:
Alimentos que melhoram a TPM
Óleo de canola, semente de linhaça, azeite, castanhas e nozes.
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Ómega 3
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Anti-inflamatórios, maior fluidez do sangue, melhoram a circulação.
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Cereais integrais: aveia, arroz, trigo e leguminosas (soja, ervilhas, feijões).
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Magnésio
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Aumentam os níveis de serotonina, melhoram a função intestinal, agem em sinergia com o cálcio.
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Cereais integrais.
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Vitamina B6
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Aumentam os níveis de serotonina, diminuem a depressão e a ansiedade.
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Vegetais verdes escuros (brócolos, espinafre, couve).
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Cálcio
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Diminuem as cólicas, agem em sinergia com o metabolismo.
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Frutas oleaginosas, castanhas, nozes, sementes de girassol.
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Selénio
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Melhoram o humor, a depressão,
a irritação e a ansiedade. |
Soja e derivados: tofu, leite, proteína texturizada, etc..
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Isoflavona
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Efeito similar ao do estrogénio: modulando os seus níveis, há melhoras na fadiga, na libido e na vitalidade.
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Leite fermentado, iogurte, aveia, fibras alimentares.
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Pré e probióticos
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Proporcionam uma simbiose intestinal, flora mais saudável, facilitando a utilização do estrogénio e a regularidade intestinal.
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Banana, maçã, tangerina, uva, abóbora, batata, grãos integrais, nozes e castanhas.
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Zinco
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Aumentam a função estrogénica, necessária para funções ovarianas e das glândulas adrenais.
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Frutas cítricas, vegetais alaranjados (cenoura, abóbora) e frutas oleaginosas.
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Vitaminas C, A e E
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Melhoram a função ovárica e a síntese hormonal, a circulação e a pele.
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Água, chás (exceto chás mate, preto, verde).
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Diminuem a retenção hídrica.
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Chás de camomila e cidreira.
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Substâncias bioativas
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Diminuem as cólicas, relaxam a musculatura do trato gastrointestinal.
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Melão, erva-doce, salsa, banana, laranja, couve e espinafre.
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Potássio
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Diminuem a retenção hídrica e melhoram a circulação.
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Beringela, tomate, cerejas, melancia, uvas, etc..
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Bioflavonoides: antocianinas, rutina, quercitina, resveratrol
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Diminuem o stresse e melhoram
a circulação. |
Hábitos Antitensão
Além dos alimentos cujo consumo é recomendado em casos de nervosismo, existem hábitos saudáveis que podem ajudar a combatê-lo:
• Tomar um bom café-da-manhã para evitar a hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue), que geralmente ocorre na metade da manhã e gera nervosismo e irritabilidade.
• Comer devagar, mastigar bem os alimentos.
• Não beber durante as refeições, só uma hora depois.
• Comer a intervalos regulares (de 3 em 3 horas), para evitar quedas bruscas no nível de glicose no sangue.
• Dormir regular e suficientemente.
• Praticar desportos, especialmente corrida ou caminhada.
• Fracionamento adequado da alimentação.
Alimentos que devem ser evitados
• Estimulantes de SNC: alimentos que contêm cafeína: café, chocolate, refrigerantes, bebidas alcoólicas.
• Alimentos ricos em gorduras.
• Alimentos que aumentam a retenção hídrica: sal, industrializados, enchidos, fumados, ricos em hidratos de carbono refinados e com altas concentrações de açúcares.
• Estimulantes de SNC: alimentos que contêm cafeína: café, chocolate, refrigerantes, bebidas alcoólicas.
• Alimentos ricos em gorduras.
• Alimentos que aumentam a retenção hídrica: sal, industrializados, enchidos, fumados, ricos em hidratos de carbono refinados e com altas concentrações de açúcares.
Outros tratamentos de acordo com o sintoma apresentado
• Prefira alimentos e suplementos que contenham vitaminas B6 e E.
• Calmantes que podem ser naturais (à base de chás) ou comprados com receita médica especial.
• Antidepressivos: substâncias utilizadas para diminuir a depressão. Sempre com indicação médica.
• Analgésicos: remédios utilizados para diminuir a dor.
• A psicoterapia é um importante auxiliar do tratamento.
• Prefira alimentos e suplementos que contenham vitaminas B6 e E.
• Calmantes que podem ser naturais (à base de chás) ou comprados com receita médica especial.
• Antidepressivos: substâncias utilizadas para diminuir a depressão. Sempre com indicação médica.
• Analgésicos: remédios utilizados para diminuir a dor.
• A psicoterapia é um importante auxiliar do tratamento.
Tratamentos
Existem vários tratamentos para a TPM, começando pela boa alimentação. A escolha depende do tipo e da intensidade dos sintomas que a paciente sentir. Um especialista poderá avaliar caso a caso.
Como a TPM não é uma doença, o seu tratamento pode melhorar muito a qualidade de vida da mulher e daqueles que convivem com ela. Mas, lembre-se: ninguém deve ter a síndrome como justificativa para atitudes malcriadas ou agressivas. Sempre que a mulher cometer um ato assim, deverá desculpar-se, e, se não conseguir evitar os sintomas com as medidas acima descritas, convém procurar tratamento especializado.
O tratamento da TPM deve ser feito sempre que os sintomas estiverem a interferir no desempenho profissional, social e familiar. No mais, algumas sugestões podem ajudar bastante as mulheres que sofrem da síndrome. Segundo as ginecologistas, também é possível prevenir a TPM com o uso de medicamentos (contracetivos orais) diariamente. É importante lembrar que a TPM é acentuada em situações de stresse. Então, elimine esse fator para poder reduzir a intensidade da síndrome.
Lembre-se: a TPM passa com a menstruação, mas tudo o que for feito, dito ou ingerido nesses dias, permanece.
Fonte: Revista Saúde e Lar - Adaptado.