A temível KPC


A KPC é a abreviatura de Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase. A KPC ganhou este nome porque a Klebsiella, uma bactéria antes comum, sofreu uma modificação genética no ambiente hospitalar passando a produzir uma enzima (carbapenemase) capaz de anular medicamentos como penicilina, cefalosporinas e as carbapenemas. Isso acontece porque toda bactéria possui uma estrutura genética móvel, chamada plasmídeo, que é capaz de se transferir de uma bactéria para outra. Depois de receber este código genético, a antes inofensiva bactéria Klebsiella passou a resistir aos remédios, por mais poderosos que fossem.
A bactéria KPC pode ser encontrada na água, em fezes, no solo, em vegetais, cereais e frutas. O contágio ocorre em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.
A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal. Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm risco maior de contrair esse tipo de infecção.
A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Porém, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar.

Sintomas 
Os sintomas são os mesmos de qualquer outra infecção: febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de pneumonia, tosse (infecção respiratória). A população não deve se preocupar, uma vez que a infecção, por enquanto, corre apenas dentro dos hospitais, e acontece basicamente por contato com secreção ou excreção de pacientes infectados.

Prevenção
Lavar bem as mãos deve ser a principal forma de prevenção. Uma higienização completa das mãos, inclusive entre os dedos, e também o uso do álcool para desinfecção, é altamente recomendado. A Secretaria de Saúde ainda alerta para o uso indiscriminado de antibióticos, que pode fazer efeito contrário e desenvolver resistência orgânica aos medicamentos.
Outras formas de prevenção contra a propagação das bactérias incluem o uso sistemático de aventais de mangas compridas, luvas e máscaras descartáveis, sempre que houver contato direto com os pacientes, a desinfecção rotineira dos equipamentos hospitalares e a esterilização dos instrumentos médico-cirúrgicos.

Higienização das Mãos

Fonte: Ministério da Saúde e http://www.bacteriakpc.com.br