Com a crescente antipatia pelos produtos sintetizados ou artificiais e o apelo ao retorno da natureza e do seu usufruto, tem levado um crescente número de consumidores de drogas a abandonar o LSD, preferindo o uso de cogumelos, os quais estão sendo vistos como uma base natural para atingir os mesmos efeitos proporcionados pelo LSD. Esta idéia errônea tem gerado riscos e malefícios para os consumidores desta droga.
O apelo das drogas é de levar os seus utilizadores a sensações de bem-estar e prazer, que muitas vezes não são mais do que estados de especulação espiritual, dissociados da realidade. Mas, nesta procura, o limite do aceitável e correcto é facilmente quebrado, podendo levar a que, em nome da busca do prazer e bem-estar, seja necessário infligir dor, sofrimento ou mesmo morte a outrem. A mente humana, que no seu pleno estado de funcionamento rejeitaria esta condição, sob a influência de drogas vê essas restrições naturais serem ultrapassadas, abrindo-se a porta para actos inimagináveis.
Categorias de cogumelos mágicos
A procura é experimentar a sensação de gravidade nula e querer flutuar no espaço, a de entrando num tubo no qual são criadas as sensações de ausência de gravidade artificialmente.
A questão é que, muitas vezes, quando se sai do “tubo” e se volta à realidade, para muitos, a especulação espiritual induzida pela droga (cocaína, nicotina, teína, etc.) que tomaram, arrasta consigo consequências não desejadas e até, na maior parte das vezes, não esperadas. São essas mesmas sensações que são conseguidas ainda hoje com os cogumelos alucinogénicos.
A procura é experimentar a sensação de gravidade nula e querer flutuar no espaço, a de entrando num tubo no qual são criadas as sensações de ausência de gravidade artificialmente.
A questão é que, muitas vezes, quando se sai do “tubo” e se volta à realidade, para muitos, a especulação espiritual induzida pela droga (cocaína, nicotina, teína, etc.) que tomaram, arrasta consigo consequências não desejadas e até, na maior parte das vezes, não esperadas. São essas mesmas sensações que são conseguidas ainda hoje com os cogumelos alucinogénicos.
Os cogumelos, são fungos. Em vez de se alimentarem de luz solar como as outras plantas, actuam como parasitas de outras plantas e animais. Também se podem encontrar no meio de matéria em decomposição. Entre os vários tipos de cogumelos existentes, podem ser distinguidos grandes grupos, nomeadamente:
– cogumelos de actividade psicodisléptica, pois contém psilocibina, que provoca perturbações análogas às das psicoses, habitualmente conhecidos por cogumelos alucinogénicos (ex. os cogumelos psilocybe mexicana, psilocybe caerulescens, etc.).
– cogumelos de actividade psicotónica que induzem psico-estimulação e alterações sensoriais moderadas (ex. os cogumelos amanitas muscarias, etc.). Foi este tipo de cogumelo que esteve na base do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.
– cogumelos de actividade psicoléptica, com efeitos basicamente hipnóticos, causando depressão ou relaxamento da actividade mental (ex. os cogumelos lycoperdon, etc.).
Assim, todos estes tipos de cogumelos, como substâncias psicotrópicas, agem ao nível do sistema nervoso central. Aí são alteradas as funções cerebrais. Deste modo, durante um certo período, o humor, a consciência de si mesmo e dos outros, as percepções, são modificados e normalmente especulados: a pessoa passa a sentir-se muito eufórica, sem razão para isso, ou muito alegre, sem que nada o justifique.
Daqui ao abuso é um passo, pois mais e mais, a pessoa sente necessidade de se “passar” da sua realidade pessoal ou social, e encontrar, na especulação do espírito, uma estratégia para a fuga da realidade, ou transformação da sua realidade. Assim se estabelece a dependência dessas drogas.
Os efeitos e riscos do consumo dos cogumelos alucinogénicos
Descrição das principais reações de carácter físico (25 a 30 minutos após a ingestão até 6 horas) de cogumelos alucinogénicos:
Efeitos
√ aumento da sensibilidade dos sentidos e percepções (cores mais intensas, percepção de detalhes);
√ distorções visuais e mistura de sensações (os sons têm cor e as cores têm sons);
√ desinibição (aumento do desejo sexual);
√ aumento da pulsação, pressão sanguínea e temperatura;
√ instalação de vertigens, náuseas, dilatação das pupilas;
√ desenvolvimento da desorientação, descoordenação motora, reações paranóicas, inabilidade para distinguir entre fantasia e realidade, pânico e depressão;
√ aumenta a ansiedade, auto-confiança, euforia, sensação de bem-estar.
Riscos
√ acidentes cuja origem é a interpretação incorrecta da realidade. Por isso, não conduza nem maneje maquinaria pesada quando sob o efeito de cogumelos alucinogénicos;
√ suicídios;
√ debilidade mental pelo uso prolongado;
√ delírios, convulsões, coma profundo e morte devido a paragem cardíaca;
√ dores no estômago, diarreia, náuseas e vómitos;
√ podem ser despoletados ou agravados problemas mentais, conduzindo a doenças mentais.
√ acidentes cuja origem é a interpretação incorrecta da realidade. Por isso, não conduza nem maneje maquinaria pesada quando sob o efeito de cogumelos alucinogénicos;
√ suicídios;
√ debilidade mental pelo uso prolongado;
√ delírios, convulsões, coma profundo e morte devido a paragem cardíaca;
√ dores no estômago, diarreia, náuseas e vómitos;
√ podem ser despoletados ou agravados problemas mentais, conduzindo a doenças mentais.
O consumo de drogas é hoje uma preocupação universal. Assume características próprias consoante a latitude onde se esteja, trespassando o tecido humano universal. Não podemos hoje falar de limites geográficos, nem de realidades isoladas, mas antes de tendências globalizadas com efeitos muitas vezes diversos consoante o local onde se colhem os produtos e aquele onde eles são consumidos.
A ideia de que “o que é natural é bom” está a ganhar em potenciação nefasta sobre as mentalidades, levando-as a acreditar que este tipo de substâncias, como os cogumelos alucinogénicos, não são tão graves para a saúde. Infelizmente, não é assim. Importa, por isso, lançar o alerta, apelando a uma contenção do uso de cogumelos alucinogénicos pelo bem da saúde.
Fonte: Revista Saúde e Lar