Segundo o Ministério da Saúde, “o câncer do colo do útero corresponde, aproximadamente, a 15% de todos os cânceres que ocorrem no sexo feminino. Seu pico de incidência situa-se entre os 40 e 60 anos de idade, sendo pouco freqüente abaixo dos 30 anos”[1].
O colo do útero é um canal estreito que liga a vagina ao útero, conforme pode ser observado na figura abaixo. Modificações nas células que revestem este canal podem evoluir para lesões cancerosas invasivas se não houver diagnóstico e tratamento precoce.
- infecção pelo vírus papiloma humano (HPV), o qual invade as células do colo provocando mudanças genéticas que favorecem o desenvolvimento da doença;
- multiplicidade de parceiros;
- história de infecções sexualmente transmitidas (DST), pois muitas dessas DST favorecem a instalação do vírus HPV nas células do colo;
- tabagismo;
- início sexual precoce e sexo desprotegido;
-uso de anticoncepcionais.
Geralmente, o câncer do colo evolui lentamente e sem produzir sintomas, entretanto, a mulher deve estar atenta a sinais como sangramento após as relações sexuais, dor pélvica, secreções vaginais de odor fétido e cor escura. Na presença de qualquer sinal suspeito, deve-se procurar o serviço de saúde, para que se realize uma investigação mais detalhada.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, “dentre todos os tipos de câncer, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando a perto de 100%, quando diagnosticado precocemente”i.
Uma das principais estratégias de prevenção é o sexo seguro, através do uso de preservativos, pois evita contaminação pelo vírus HPV através do ato sexual. Além disso, é fundamental a realização do exame Papanicolau, que tem a finalidade de verificar o aspecto do colo do útero e/ou detectar lesões em estágios iniciais, antes do aparecimento dos sintomas, favorecendo um tratamento mais rápido e eficaz.
O exame Papanicolau deve ser realizado por mulheres na faixa etária de 25 a 60. Entretanto, mulheres com vida sexual ativa, independentemente da faixa etária, também devem realizar esse exame rotineiramente. A recomendação é de que o exame Papanicolau seja realizado uma vez por ano.
Mulheres infectadas por HPV, Aids ou outras doenças que provocam uma queda no sistema imune devem ter um cuidado ainda maior, cumprindo essa periodicidade à risca, pois estão mais sujeitas ao desenvolvimento da doença.
Cuide-se mulher, a prevenção é o melhor remédio!
[1] Ministério da Saúde (Brasil). Prevenção do Colo do Útero. Brasília, 2002.
Texto por Iedda Carolina. Publicado Origalmente no site www.vitriners.com.br