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Pneumonia

A pneumonia é uma doença que afeta cerca de 2,1 milhões de brasileiros todos os anos, segundo dados do DATASUS. Esta doença é a principal causa de internação hospitalar (mais de 960 mil casos por ano) e a quinta causa de morte no Brasil. Sendo que, dos 24.756 óbitos por pneumonia registrados no último levantamento do SUS (2005), 70% eram de pacientes com mais de 65 anos de idade. Diante de dados tão expressivos, percebe-se a necessidade de se conhecer, prevenir e/ou tratar essa doença.

A pneumonia é uma inflamação dos pulmões que afeta os pequenos sacos de ar (alvéolos) e os tecidos circundantes. Essa doença pode ser desencadeada por vírus, fungos, protozoários e, principalmente, bactérias que se instalam provocando esse processo inflamatório, o qual gera consequencias como o aumento da produção de muco e extravasamento de fluidos dos capilares para o interior dos alvéolos como ilustrado na figura ao lado. Esse acúmulo de líquido no interior da bolsa alveolar dificulta as trocas gasosas entre os alvéolos e o sangue circulante na rede capilar que envolve o pulmão, gerando dificuldades respiratórias. 

Essa doença pode ser adquirida por simples aspiração do ar ou de gotículas de saliva e secreções contaminadas. Algumas pessoas são mais propensas a esta doença que outras. O alcoolismo, o fumar cigarros, a diabetes, a insuficiência cardíaca e a doença pulmonar obstrutiva crônica são causas que predispõem à pneumonia. As crianças e as pessoas de idade avançada correm maior risco de a contraírem, assim como os indivíduos com um sistema imune deficiente devido a certos fármacos (como os utilizados para curar o cancro e na prevenção da rejeição de um transplante de órgão). Também estão no grupo de risco as pessoas debilitadas, prostradas na cama, paralisadas ou inconscientes ou as que sofrem de uma doença que afecta o sistema imunitário, como a Aids.


Mecanismos de Proteção do Sistema Respiratório

É importante lembrar que, em circunstâncias normais, as vias respiratórias (incluindo os pulmões) têm mecanismos eficazes de proteção contra infecções por microorganismos.

O primeiro deles ocorre no nariz em decorrência da presença de pêlos, os quais possuem a função de filtrar o ar que entra, retendo partículas e microorganismos que estejam presentes, não podendo chegar até os pulmões para causar infecções.

Caso, as partículas pequenas, sejam inaladas pelas vias respiratórias (que levam ar até os pulmões), elas são combatidas por mecanismos reflexos. Dentre estes estão o reflexo do espirro, do pigarrear e da tosse, que expulsam as partículas invasoras, evitando as infecções (pneumonias).

Quando as pessoas estão resfriadas ou gripadas, a filtração que normalmente ocorre no nariz e a imunidade do organismo podem ficar prejudicadas, facilitando a entrada e instalação do microorganismo no pulmão com provável surgimento da pneumonia.

Os pulmões também possuem um mecanismo de limpeza, em que os cílios que ficam no seu interior realizam, através de sua movimentação, a remoção de secreções com microorganismos que, eventualmente, tenham vencido os mecanismos de defesa descritos anteriormente. Estes cílios ficam na parte interna dos brônquios, que são tubos que levam ar até os pulmões. É importante lembrar que este mecanismo de limpeza fica prejudicado no fumante, pois o fumo tem a propriedade de paralisar temporariamente os cílios envolvidos neste trabalho.

O último mecanismo de defesa da via respiratória ocorre nos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas (entra o oxigênio e sai o gás carbônico) e é onde agem os macrófagos. Estes são células especializadas na defesa do organismo e englobam e degradam os microorganismos que, porventura, tenham vencido a filtração nasal, os reflexos de pigarrear, tossir ou espirrar, além da limpeza feita pelos cílios das vias respiratórias.

Caso o microorganismo, em virtude de inúmeros fatores e situações, vença essas barreiras citadas, ele se alojará nos alvéolos desencadeando o processo patológico.


Causas da Pneumonia

A pneumonia não é uma doença única, pois cada tipo de pneumonia  é causada por um microrganismo diferente. Nos adultos, as causas mais frequentes são as bactérias, como o Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Legionella e Hemophilus influenzae. Os vírus, como os da gripe e da varicela, podem também causar pneumonia. O Mycoplasma pneumoniae, um microrganismo semelhante a uma bactéria, é uma causa particularmente frequente de pneumonia em crianças crescidas e em jovens adultos. Entretanto, alguns tipos de fungos também podem causar pneumonia.
De um modo geral, a pneumonia surge depois da inalação de alguns microrganismos, mas às vezes a infecção é levada pela corrente sanguínea ou migra para os pulmões directamente a partir de uma infecção próxima.


Sintomas

Os sintomas correntes da pneumonia são uma tosse produtiva com expectoração amarelada/esverdeada que pode apresentar ou não a presença de sangue; dores no tórax, calafrios, febre e falta de ar. A respiração pode ficar mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves.  No entanto, estes sintomas dependem da extensão da doença e do microrganismo que a cause.

Tratamento

A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com antibióticos. Cada caso é avaliado individualmente e se definirá, além do tipo de antibiótico, se há ou não necessidade de internação. Nos casos graves, até mesmo a internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) poderá ser necessária.
Os antibióticos e demais medicações podem ser utilizados por via oral ou através de injeções, que podem ser na veia ou no músculo. Além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia respiratória como auxiliar no tratamento. Os fisioterapeutas podem utilizar exercícios respiratórios, vibradores no tórax e tapotagem (percussão do tórax com os punhos) com o intuito de retirar as secreções que estão dentro dos pulmões, agilizando o processo de cura dos pacientes.
Na maioria dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de suporte. Visa melhorar as condições do organismo para que este combata a infecção. Utiliza-se uma dieta apropriada, oxigênio (se for necessário) e medicações para dor ou febre.
Nos casos de pneumonia por parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são utilizados.

O tratamento deve ser realizado estritamente sob Orientação Médica!


Fonte:
Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz






Conheça os Efeitos do Álcool no Seu Organismo


O consumo de álcool não é recomendado por motivos nutricionais e sociais. O álcool, droga cuja ação é responsável pela depressão do sistema nervoso central, causa alterações comportamentais e psicológicas, além de importantes efeitos metabólicos. O seu consumo em excesso pode provocar problemas como violência, suicídio, acidentes de trânsito, causar dependência química e outros problemas de saúde como desnutrição, doenças hepáticas, gastrointestinais, cardiovasculares, respiratórias, neurológicas e do sistema reprodutivo, além de interfererir no desenvolvimento fetal e aumentar o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer.

Os efeitos prejudiciais do álcool são independentes do tipo de bebida e são provocados pelo volume de álcool (etanol) consumido. Além das conseqüências acima relatadas, o consumo de álcool, a longo prazo, dependendo do número de doses, freqüência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Dessa forma, o consumo inadequado do álcool, aliado a sua aceitação social, é um importante problema de saúde pública, carretando altos custos para a sociedade e envolvendo questões médicas, psicológicas, profissionais e familiares

As bebidas alcoólicas contêm pouco ou nenhum nutriente. Incluem cervejas e vinhos, consideradas fermentadas, cujo volume de álcool (etanol) varia de 4% a 7% e de 10% a 13% respectivamente, e as bebidas alcoólicas destiladas como a aguardente (cachaça), vodka e uísque, que contêm 30% a 50% de volume de álcool. Cada grama de etanol contém 7 quilocalorias (kcal).

O álcool exaure o corpo de vitaminas do complexo B e também de ácido ascórbico (vitamina C), afetando dessa forma negativamente o estado nutricional das pessoas. Os indivíduos dependentes de álcool, cuja alimentação é geralmente deficiente, podem sofrer de beribéri e escorbuto, provocados respectivamente pela deficiência de vitamina (vitamina B1) e ácido ascórbico, dentre outras doenças carenciais. Por outro lado, consumidores de grandes quantidades de álcool normalmente têm alterações no fígado e perdem a capacidade de utilizar o álcool como fornecedor de energia; adicionalmente, muitos se alimentam inadequadamente, o que explica por que essas pessoas, cuja maior parte da ingestão de energia vem principalmente de bebidas destiladas, são muitas vezes magras. 

O álcool tem sido associado a vários tipos de câncer, embora os mecanismos dessa ação não estejam completamente esclarecidos. Em 1988, a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc) classificou o álcool como um carcinógeno para câncer de boca, faringe, laringe, esôfago e câncer primário de fígado. O índice de câncer entre os bebedores é preocupante, quer por ação tópica do próprio álcool sobre as mucosas (pele que recobre as cavidades bucais, estomacais, intestinais), quer por conta dos aditivos químicos de ação cancerígena que entram no processo de fabricação das bebidas.

Adicionalmente, os estudos evidenciam que o risco do câncer de mama também está associado ao consumo de bebidas alcoólicas. O consumo regular de álcool na quantidade de três a quatro doses por dia ou mais aumenta o risco de hipertensão e acidente vascular cerebral, de câncer da boca, garganta, esôfago e cólon e também o risco de câncer no fígado como conseqüência da cirrose hepática. Esse risco aumenta se associado a outros hábitos não-saudáveis, como o tabagismo.



Uma grande proporção de acidentes, ferimentos e mortes em casa, no trabalho e nas estradas envolve pessoas afetadas pelo álcool. No Brasil, o álcool está associado à maioria dos casos de violência doméstica e ao desemprego crônico. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os dados de São Paulo indicam que cerca de 50% dos homicídios e também cerca de 50% das mortes causadas por acidentes de carro estão relacionados com o consumo de álcool. Outro estudo, em São Paulo, identificou as brigas de bar ou o álcool como as principais razões para 12,6%dos homicídios.Os números atuais de morte por homicídio no Brasil são cerca de 40.000 por ano e 30.000 são mortes provocadas por acidentes de carro, taxa alta em comparação com outros países. Essa é a taxa mais alta do mundo.

O consumo de álcool é medido por doses. A quantidade de etanol contido em cada dose varia entre os países: no Brasil, por exemplo, cada dose de bebida alcoólica representa 14g de etanol, enquanto que na Austrália esse valor é de 10g. Para se calcular a quantidade de etanol consumida por um indivíduo, é necessário considerar outros aspectos, alémdo número de doses. O teor alcoólico das bebidas varia não somente entre os diferentes tipos de bebidas, de acordo com seu processo de fabricação, como também entre bebidas do mesmo tipo.
O quadro abaixo exemplifica o cálculo da dose-equivalente de álcool para três tipos de bebidas:


Para os que fazem uso de bebidas alcoólicas, o consumo deve ser limitado a duas doses diárias para homens e uma dose para mulheres. A recomendação é diferente para homens e mulheres em razão da estrutura física. As mulheres são normalmente menores e mais leves que os homens, o que torna o organismo feminino mais vulnerável ao álcool.
As pesquisas indicam que entre 3% e 9% dos adultos nas grandes cidades brasileiras são dependentes do álcool. A dependência se caracteriza, para os homens, quando consomem 6 ou mais doses e, para as mulheres, quando o consumo é de 4 ou mais doses por dia.

Por essas evidências, as políticas referentes ao combate ao consumo de álcool devem considerar os seus efeitos sociais e também nutricionais, o controle da propaganda e da publicidade que incentivam o consumo de álcool; a proibição de venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente; a penalização de indivíduos que conduzem veículo com níveis de etanol acima do limite estipulado em lei, bem como ações educativas que esclareçam a população e que protejam os jovens do hábito de consumir bebidas alcoólicas são medidas importantes de proteção à saúde que vêm sendo desenvolvidas pelo Estado brasileiro.


Fonte:
Guia Alimentar para a População Brasileira, 1.ª edição 2006 - Ministério da Saúde

Papiloma Vírus Humano - HPV

O que é HPV?

É a sigla em inglês para papiloma vírus humano, vírus da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente.
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, os quais são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Os vírus de alto risco (HPV dos tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 dentre outros) possuem maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estão associados a lesões pré-cancerosas, já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.


Os HPV são facilmente contraídos?

Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus.




Como os papilomavírus são transmitidos?  

O HPV é transmitido pelo contato genital com a pessoa infectada (incluindo sexo oral) e por via sangüínea, de mãe para filho na hora do parto. Na maioria das vezes, a infecção é transitória e desaparece sem deixar vestígios. Por isso, quando se realiza o diagnóstico, não se consegue saber se a infecção é recente ou antiga, entretanto, o vírus também pode permanecer sem se manifestar no corpo da pessoa.


Quais são as manifestações clínicas do HPV?

O HPV pode causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus, além disso, também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. 
As infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como "crista de galo". Já as lesões subclínicas tem maior incidência no colo do útero e não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente.




Como as pessoas podem se prevenir dos HPV?

O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.

 
Como os papilomavírus podem ser diagnosticados?



As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). Já o diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, é feito através do exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolaou) realizado gratuitamente pelo SUS. O diagnóstico é confirmado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular.


Onde é possível fazer os exames preventivos do câncer do colo do útero?

Postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão disponíveis em todos os estados do país e os exames são gratuitos. Procure o centro de saúde mais próximo de sua residência e marque uma consulta.

 

Quais os riscos da infecção por HPV em mulheres grávidas?

A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto nem impede o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.


É necessário que o parceiro sexual também faça os exames preventivos?

O fato de ter mantido relação sexual com uma mulher infectada pelo papilomavírus não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção. De qualquer forma, é recomendado procurar um urologista que será capaz - por meio de peniscopia (visualização do pênis através de lente de aumento) ou do teste de biologia molecular (exame de material colhido do pênis para pesquisar a presença do DNA do HPV), identificar a presença ou não de infecção por papilomavírus.
 
 
Qual o tratamento para erradicar a infecção pelo papilomavírus?

A maioria das infecções é assintomática ou inaparente e de caráter transitório. As formas de apresentação são clínicas (lesões exofíticas ou verrugas) e subclínicas (sem lesão aparente). Diversos tipos de tratamento podem ser oferecidos (tópico, com laser, cirúrgico). Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada 


Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero?

Embora estudos epidemiológicos mostrem que a infecção pelo papilomavírus é muito comum (de acordo com os últimos inquéritos de prevalência realizados em alguns grupos da população brasileira, estima-se que cerca de 25% das mulheres estejam infectadas pelo vírus), somente uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um tipo de HPV com alto risco de câncer desenvolverá câncer do colo do útero, por isso é importante se prevenir, realizar exames de rotina e se tratar precocemente caso esteja infectada por esse vírus.


Há algum fator que aumente o risco de a mulher desenvolver câncer do colo do útero?

Há fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional), tabagismo, pacientes tratadas com imunosupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas como herpes e clamídia.
 
 
Em caso de dúvida, envie sua pergunta para o contato@inca.gov.br
 
 
Fonte: Instituto Nacional do Cancer

Aprenda a Prevenir o Câncer de Mama.

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Devido a esse aumento crescente na incidência de câncer de mana, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde responsável por coordenar ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, convida as organizações governamentais e não governamentais, os profissionais de saúde e toda a sociedade civil a apoiar as recomendações para a redução da mortalidade por câncer de mama no Brasil.


O Instituto recomenda que:
  • Toda mulher tenha amplo acesso à informação com base científica e de fácil compreensão sobre o câncer de mama. 
  • Toda mulher que alerta para os primeiros sinais e sintomas do câncer de mama e procure avaliação médica.
  • Toda mulher com nódulo palpável na mama e outras alterações suspeitas tenha direito a receber o diagnóstico no prazo máximo de 60 dias.
  • Toda mulher de 50 a 69 anos faça mamografia a cada dois anos.
  • Toda mulher saiba que o controle do peso, a não ingestão de álcool, além da amamentação e da prática de atividades físicas, são formas de prevenir o câncer de mama.
  • A terapia de reposição hormonal, quando indicada na pós-menopausa, seja feita sob rigoroso acompanhamento médico, pois aumenta o risco de câncer de mama.

Prevenção

Prevenção do câncer de mama significa diminuir o risco de a mulher apresentar essa doença durante toda a sua vida, eliminando ou diminuindo da exposição aos fatores de risco.

- Por meio da alimentação saudável, atividade física e do controle do peso corporal, é possível evitar 28% dos casos de câncer de mama.

- Consumo excessivo de álcool, uso de contraceptivos orais, excesso de peso, principalmente na pós-menopausa, e terapia de reposição hormonal aumentam o risco de câncer de mama.

- A Terapia de Reposição Hormonal (TRH), principalmente a terapia combinada de estrogênio e progesterona, está associada com aumento do risco do câncer de mama. A cada 10 mil mulheres que fazem uso da reposição hormonal combinada, há aumento de oito casos de câncer de mama. Assim, a sua indicação deve ser discutida com o médico. Nas situações em que a TRH é realizada o risco elevado de desenvolver câncer de mama diminui progressivamente após a sua suspensão.

- A exposição excessiva à radiação ionizante (Raios-X) aumenta o risco de câncer de mama.

- A amamentação exclusiva até os seis meses diminui o risco de câncer de mama.
 
 
Detecção Precoce
 
A detecção precoce do câncer de mama significa identificar o tumor no início de seu surgimento e aumentar as possibilidades de cura. As ações de detecção precoce podem ser oferecidas para mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama (rastreamento), ou para mulheres com sinais e sintomas iniciais de câncer de mama (diagnóstico precoce).

O diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta a sobrevida das mulheres em comparação com o diagnóstico de tumores em fase avançada.O rastreamento diminui a mortalidade em cerca de 30% nas mulheres entre 50 e 69 anos. Quanto maior for o percentual de mulheres nessa faixa etária que realizam a mamografia de rastreamento periodicamente, maior será o impacto na redução da taxa de mortalidade.

Na faixa etária de 50 a 69 anos, a mulher deve fazer uma mamografia a cada dois anos, pois o risco de câncer de mama aumenta com a idade. A qualidade da mamografia tem implicações na redução da mortalidade por câncer de mama. Programas de qualidade em mamografia garantem imagens radiográficas de alto padrão com doses mínimas de radiação.


Tratamento e Cuidados Paliativos

O tratamento adequado é parte fundamental das ações de controle do câncer de mama, com impactos na sobrevida. Habitualmente, o tratamento do câncer de mama envolve cirurgia, radioterapia e quimioterapia/hormonioterapia e deve ser realizado por equipe multidisciplinar em serviços especializados.
Geralmente, quanto menor o tamanho do tumor no momento do diagnóstico, maior a probabilidade de cura e de realização de uma cirurgia conservadora, e menor a necessidade de intervenções e do uso de drogas, o que reafirma a importância das ações de detecção precoce.

Cuidados paliativos são uma continuidade do tratamento oncológico. Devem ser fornecidos a pacientes com câncer de mama avançado, desde seu diagnóstico, visando o adequado controle de sintomas, por meio de suporte clínico, emocional, social e espiritual. Para o alcance de melhor qualidade de vida, familiares e cuidadores são envolvidos nos cuidados e também recebem suporte de uma equipe interdisciplinar.


Autoexame das Mamas




Realize o autoexame de 5-7 dias após a menstruação. Se você não tem fluxo, marque um dia no mês e realize o autoexame sempre neste dia.
Lembre-se que o exame das mamas feita pela própria mulher não substitui o exame físico realizado pelos profissionais de saúde (médico ou enfermeiro) qualificados para essa atividade, por isso visite anualmente o ginecologista ou o mastologista. 


Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA)