Combate à Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada por uma bactéria chamada  Mycobacterium leprae. Essa doença não é hereditária e seu agravamento depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada. Apresenta vários sintomas, incluindo lesões na pele em virtude da danificação dos nervos pela ação dessa bactéria. 

Em dezembro de 2005, o Ministério da Saúde registrou 27.313 destes casos no Brasil, sendo que a maior concentração de casos está nas regiões Norte e Centro-Oeste. O Maranhão foi o estado que mais notificou (4.721), seguido de Pará (4.687) e Mato Grosso (3.187).


Mycobacterium leprae (pequenos
bastonetes vermelhos), o agente causador da hanseníase

Modo de transmissão
O contágio é exclusivamente entre os seres humanos. Os pacientes contaminados e sem tratamento eliminam as bactérias das secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro. O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite a doença. Além disso, a maioria das pessoas que entram em contato com estas bactérias não desenvolve a doença, somente um pequeno percentual, em torno de 5% das pessoas adoecem. 
Isso ocorre porque fatores ligados à genética humana são responsáveis pela resistência ou pela suscetibilidade. O tempo decorrido entre a exposição ao agente etiológico e o aparecimento dos sinais e ou sintomas da doença  é bastante longo, variando de três a cinco anos.

Sinais e sintomas
1.     Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades;
2.     Manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato;
3.     Áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da sudorese;
4.     Caroços e placas em qualquer local do corpo;
5.     Diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).


Manchas e caroços pela pele.

Na suspeita da doença, o que fazer?
Procurar, o mais rápido possível, a unidade de saúde mais próxima de sua residência para ser examinado pelo médico. Com o Sistema Único de Saúde (SUS), as atividades de diagnóstico, tratamento e controle da hanseníase são feitas em toda a rede básica de saúde, não sendo necessários o encaminhamento e o deslocamento do usuário.


Diagnóstico
É baseado no exame da pele e dos nervos e na história epidemiológica. Excepcionalmente são necessários exames complementares laboratoriais como a baciloscopia ou biopsia cutâneas.


Tratamento
A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é gratuito, via oral, constituído pela associação de duas ou três drogas. 


Complicações
A evolução da doença pode agravar os sinais e sintomas iniciais manifestando febre alta, dor no trajeto dos nervos (principalmente nos braços, pernas e olhos), aparecimento de lesões na pele tipo placas edemaciados, quadro que é conhecido por reação hansênica. 
Nesta eventualidade o paciente deve procurar, o mais rápido possível, a unidade de saúde para ser avaliado e iniciar o tratamento anti-reacional. 


Profilaxia e prevenção
Não existe vacina específica – o M. leprae não cresce em nenhum meio de cultura conhecido o que dificulta a produção da vacina. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicilio com o portador da doença e em educação em saúde com divulgação dos sinais e sintomas da doença através de todos os meios de comunicação, para toda a população.

Dia Mundial do Combate à Hanseníase - 30 de janeiro!






Fonte: Fiocruz