O que é osteoporose?
É uma doença óssea caracterizada pela diminuição da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos. É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento.
Estima-se que mundialmente 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima da idade dos 50 tem osteoporose. Ela é responsável por milhões de fraturas anualmente, a maioria envolvendo vértebras lombares, quadril e punho.
Corte de osso do colo do fêmur
Normal | com Osteoporose | |
Como se desenvolve a osteoporose?
O osso está em constante processo de remodelamento ósseo, ou seja, degradação com posterior síntese de um osso novo, com a finalidade de substituir células velhas por novas (o que ocorre em todos tecidos), além de renovar as reservas de cálcio.
Até aproximadamente os 30 anos de idade, a quantidade de osso reabsorvido e reposto é igual. A partir daí, inicia-se um lento balanço negativo, onde a degradação de osso é maior que a reposição, provocando discreta perda de massa óssea.
Duas são as formas clássicas de Osteoporose: a fisiológica ou primária e outra, secundária, geralmente causada por outras doenças.
A forma primária da osteoporose classifica-se em:
- Tipo I : de alta reabsorção óssea, decorrente de uma atividade osteoclástica (degradação óssea) acelerada - a osteoporose pós menopausa, geralmente apresentada por mulheres mais jovens, a partir dos 50 anos.
- Tipo II : de reabsorção óssea normal ou ligeiramente aumentada, associada a uma atividade osteoblástica (síntese óssea) diminuída, com formação óssea diminuída - a osteoporose senil ou de involução, mais frequente nas mulheres mais idosas, a partir dos 70 anos, e também no homem.
Em decorrência deste fato podem ocorrer fraturas, não apenas na coluna vertebral, como também na pelve, ossos longos, costelas, quadril e punho.
A forma secundária está associada a uma grande variedade de condições patológicas adversas que acarretam, em sua evolução, distúrbios na absorção intestinal de cálcio, diminuição precoce nos níveis de estrogeno (hipoestrogenismo), perda de massa muscular, diminuição da atividade do sistema enzimático citocromo P450, baixa absorção e metabolização da vitamina D. São causas de osteoporose secundária as enfermidades do sistema endócrino , o câncer (metástases, mieloma múltiplo), as doenças inflamatórias crônicas intestinais, a ingestão de alguns medicamentos (heparina, corticosteróides, lítio, cádmio, metotrexate, hidantoinatos e gardenal), as doenças renais crônicas, a síndrome de má absorção e a baixa ingestão de cálcio.
Alguns fatores de risco para a osteoporose
- História familiar
- Baixa estatura
- Baixa ingesta de cálcio
- Sedentarismo
- Menopausa precoce sem reposição hormonal
- Primeira menstruação tardia
- Retirada cirúrgica de ovários sem reposição hormonal
Sintomas
A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.
Prevenção
- Fazer exercícios físicos regularmente: os exercícios resistidos são os mais recomendados;
- Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e derivados), verduras (como brócolis e repolho), camarão, salmão e ostras.
- A reposição hormonal de estrógeno em mulheres durante e após o climatério consegue evitar a osteoporose.
Tratamento
O tratamento da osteoporose pode ser feito pela administração de medicamentos estimulantes da formação óssea, reposição hormonal, dieta rica em cálcio, vitamina D3 e/ou terapêutica combinada, devidamente prescritos pelo médico, a depender da evolução da doença e das características de cada organismo.
Fonte: http://www.osteoprotecao.com.br
http://www.abcdasaude.com.br