Os miomas uterinos são tumores sólidos benignos do tecido muscular do útero. Acomete cerca de uma em cada quatro mulheres em idade reprodutiva. Esta doença pode estar associada a um desequilíbrio hormonal, que seria responsável pela proliferação das fibras musculares do útero, sendo o estrogênio o mais relacionado.
O fator genético está diretamente ligado ao desenvolvimento de miomas porque mulheres cujas mães ou irmãs desenvolveram esse tumor apresentam maior risco de também sofrerem com o problema. Somam-se a isso fatores de risco, como gravidez tardia, ingestão regular de bebidas alcoólicas – especialmente cerveja –, quadro de hipertenção e uso de pílulas anticoncepcionais antes dos 16 anos de idade.
Muitas mulheres com mioma uterino são assintomáticas (não sentem a presença da doença). Dessa forma, é comum o problema ser descoberto ocasionalmente, durante algum exame ultrassonográfico – realizado como rotina ou para a investigação de outros problemas. Esse é um dos motivos pelos quais é importante consultar o médico ginecologista periodicamente para realizar os exames de rotina.
Algumas pacientes, por sua vez, apresentam sintomas como: mudanças no ciclo menstrual, hemorragias, dor pélvica, alterações urinárias e intestinais, devido à compressão do útero, bexiga. Nesses casos, os indícios de miomas levam os médicos a pedirem exames específicos.
Útero contendo miomas |
Tratamento
A forma de tratamento varia de acordo como o quadro clínico da paciente, com o tamanho do mioma, a idade da paciente, sobretudo quando há a necessidade de preservação do útero para garantir uma futura gestação e, ainda, se há ou não a presença de gravidez.
Geralmente, quando o mioma é pequeno e encontrado ocasionalmente, ou seja, sem a presença dos sintomas anteriormente descritos, a paciente pode ser apenas acompanhada. Se, no entanto, a paciente apresenta queixas, a alternativa é o tratamento clínico, que consiste na administração de medicamentos para baixar os níveis de estrogênio, para promover uma regressão do mioma.
Quando o tratamento medicamentoso não atinge os objetivos desejados, pode-se indicar uma cirurgia para a retirada do mioma. Outra opção é o procedimento de "embolização das artérias uterinas", que objetiva interromper os vasos sanguíneos que irrigam o mioma, levando-o a murchar até desaparecer em algumas semanas.
Existem, porém, situações nas quais a localização e o tamanho do mioma obriga a realização de uma cirurgia para a retirada do útero.
A conduta que o profissional médico elegerá varia a depender do perfil da mulher, das características do mioma, dos sintomas, do estagio da doença, dentre outros fatores. A vigilância
é fundamental! Não se esqueça de realizar suas consultas de rotina! Cuide-se!
Fonte: Revista Medicando - Adaptado