Antigamente, pensava-se que essa relação mãe-filho começava no nascimento. Hoje, sabe-se que o vínculo tem início durante a gravidez.
A futura mãe, de um modo ou de outro, identifica-se com o feto que está a crescer dentro de si e, desse modo, pode atingir uma percepção muito sensível do que o mesmo necessita. Essa sensibilidade da mãe para responder às necessidades da criança e a qualidade da interacção entre ambos, contribuem para o desenvolvimento de um senso de confiança e de segurança que servirá como base para o crescimento psíquico, emocional e social da criança.
A futura mãe, de um modo ou de outro, identifica-se com o feto que está a crescer dentro de si e, desse modo, pode atingir uma percepção muito sensível do que o mesmo necessita. Essa sensibilidade da mãe para responder às necessidades da criança e a qualidade da interacção entre ambos, contribuem para o desenvolvimento de um senso de confiança e de segurança que servirá como base para o crescimento psíquico, emocional e social da criança.
Começo fundamental
No interior do ventre materno, num mundo de conforto, de paz e de harmonia inigualáveis, iniciam-se os primeiros registos cerebrais, as primeiras emoções. Durante os nove meses em que cresce no útero, o feto tem as suas necessidades constantemente supridas. Um dia, porém, esses laços são rompidos, e ele toma contato com o desconhecido mundo exterior. Essa é a nossa primeira experiência de perda e o nosso primeiro ato de maturidade. A partir daí, o conforto da vida intra-uterina é nos retirado abruptamente. Começa a mudança natural e inerente à criança, que vai da dependência até à interdependência.
Contudo, ainda somos muito frágeis e, para tentar reaver alguns daqueles privilégios da vida intra-uterina, temos de chorar e gritar para ser atendidos. Assim, no momento em que somos colocados no colo da nossa mãe ou sugamos o leite no seu peito, reencontramos novamente a paz, a harmonia, o aconchego materno e acalmamo-nos. Consequentemente, a criança aprende que pode confiar na mãe, restabelecendo, assim, a fé na vida, a fé em que o paraíso perdido pode ser reencontrado.
Sabemos que o modo como a criança é criada tem profundas consequências na estruturação da sua personalidade. Quando a criança nasce, não tem identidade psíquica definida, nem auto-imagem formada.
O modo da mãe nos acalentar, aconchegar e alimentar tem profundo significado na nossa existência. A amamentação estabelece uma ligação mais íntima nessa relação mãe-filho, satisfazendo de modo mais amplo as necessidades emocionais de ambos, oferecendo ao bebê maior garantia de equilíbrio interno e de um bom desenvolvimento da auto-estima positiva. As carícias da mãe, no ato de amamentar, não só proporcionam intensa sensação de prazer. Elas dão, progressivamente, ao ego corporal do bebê um sentido de existência. As primeiras impressões da personalidade em desenvolvimento vêm desse contacto inicial com a mãe. Por isso, os mais significativos laços humanos são os que existem entre a mãe e o seu filho.
Vínculo de amor
Vários autores salientam a importância da reciprocidade afetiva entre mãe e filhos e a quebra do vínculo afetivo como responsáveis por um padrão de fragmentação do ser, gerando assim, graves consequências para a saúde mental da criança.
A mãe precisa de se envolver emocionalmente com o seu filho, pois essa resposta empática da mãe é vivenciada pela criança como forma de validação e de reforço, um forte senso de pertencer e ser entendido. Esse tipo de experiência pode aumentar o apego da criança aos pais. Assim, a empatia da mãe contribui para uma relação segura mãe-filho, o que, posteriormente, influenciará na competência social da criança.
Portanto, as primeiras imagens que a criança tem de si são aquelas que vê espelhadas no olhar ou no toque da mãe. Se ela olha para a criança ou lhe toca de maneira suave, carinhosa e amável, esta sente-se amada e desejada. Essas atitudes transmite ao bebê a sensação de que ele é muito importante para a mãe. Pois não é o que se faz, mas como se faz, que proporciona à criança a sensação de aceitação e de que ela é amada por ser como é.
O colo físico e emocional dado pela mãe é a base de uma matriz de segurança, confiança na vida e geratriz de fé. E quem tem fé e esperança, pode lidar com a vida da maneira como ela é, e vai sempre procurar aquilo que é verdadeiramente bom para si mesmo e para o próximo. Dessa maneira, através do cuidado do corpo, do respeito pelo seu próprio ritmo e da satisfação das suas necessidades psico-emocionais, a mãe ensina à criança a noção de si mesma e essa interacção é a base do surgimento do respeito próprio e da confiança na vida.
Vários autores salientam a importância da reciprocidade afetiva entre mãe e filhos e a quebra do vínculo afetivo como responsáveis por um padrão de fragmentação do ser, gerando assim, graves consequências para a saúde mental da criança.
A mãe precisa de se envolver emocionalmente com o seu filho, pois essa resposta empática da mãe é vivenciada pela criança como forma de validação e de reforço, um forte senso de pertencer e ser entendido. Esse tipo de experiência pode aumentar o apego da criança aos pais. Assim, a empatia da mãe contribui para uma relação segura mãe-filho, o que, posteriormente, influenciará na competência social da criança.
Portanto, as primeiras imagens que a criança tem de si são aquelas que vê espelhadas no olhar ou no toque da mãe. Se ela olha para a criança ou lhe toca de maneira suave, carinhosa e amável, esta sente-se amada e desejada. Essas atitudes transmite ao bebê a sensação de que ele é muito importante para a mãe. Pois não é o que se faz, mas como se faz, que proporciona à criança a sensação de aceitação e de que ela é amada por ser como é.
O colo físico e emocional dado pela mãe é a base de uma matriz de segurança, confiança na vida e geratriz de fé. E quem tem fé e esperança, pode lidar com a vida da maneira como ela é, e vai sempre procurar aquilo que é verdadeiramente bom para si mesmo e para o próximo. Dessa maneira, através do cuidado do corpo, do respeito pelo seu próprio ritmo e da satisfação das suas necessidades psico-emocionais, a mãe ensina à criança a noção de si mesma e essa interacção é a base do surgimento do respeito próprio e da confiança na vida.
Esse sadio relacionamento mãe-bebé representa protecção e segurança para a criança, contribuindo essencialmente para o desenvolvimento adequado do aparelho psíquico e do seu amadurecimento emocional. Desse modo, ser mãe é mais do que cuidar de alguém, ser mãe é formar um ser singular num ser especial.
Fonte: Revista Saúde e Lar